Scylla, a Prostituta que foi Desafiada pela Imperatriz Messalina
Na Roma Antiga, durante o período em que Roma foi Governada pelo imperador Cláudio (41-54 d.C.), a prostituição era uma prática socialmente aceita e, em muitos casos, regulamentada pelo Estado. Havia diversas categorias de profissionais do sexo em Roma, desde as prostitutas de rua até as cortesãs de elite. Cada categoria atendia a diferentes estratos sociais e oferecia serviços diversos.
Dentre as prostitutas mais famosas de Roma, um nome se destacava – Scylla. Conhecida por sua beleza e habilidade na arte do prazer, Scylla era a prostituta mais desejada de Roma.
De origem Siciliana, Scylla era e muito requisitada pela elite romana que apreciava seu trabalho.
Segundo Suetônio, historiador romano que viveu durante o século I d.C., no seu célebre livro A Vida dos Doze Césares, a fama de Scylla chamou a atenção da Imperatriz Valéria Messalina, que segundo o autor, era uma mulher sem limites e pudores. Tais relatos eram endossados por outros autores, como Juvenal.
Na Sátira VI de sua obra, Juvenal alegou que, nos momentos em que o Imperador Cláudio descansava, Messalina usava uma peruca loira, dirigindo-se a um bordel para atender a vários clientes. Ela só deixava o local quando este fechava, sendo retratada por Juvenal como uma prostituta voluntária e insaciável:
Logo que percebia o marido adormecer, a esposa, preferindo uma esteira ao leito imperial do Palatino, cobria-se com uma manta escura e, Augusta meretriz, ia embora, escoltada por uma única serva. Escondendo os cabelos negros sob uma peruca loira, entrava no tepor de um prostíbulo, atrás de velhas cortinas, onde tinha um cubículo reservado só para ela; aí, sob o falso nome de Licisca, nua, com os mamilos dourados, se oferecia, e mostrava, ó generoso Britânico, o ventre que te pariu. Recebia com meiguice quem entrava no seu cubículo e reclamava o preço de seu corpo; mais tarde, quando o alcoviteiro dispensava as mulheres, ela também se ia embora mas com tristeza, sendo a última a fechar a sua cela. Ainda ardendo pelo desejo do útero teso, cansada de tantos homens mas ainda não satisfeita, voltava ao Palácio com o rosto sujo da fumaça da lúrida lucerna e levava até o leito imperial o fedor do prostíbulo.
Leia mais sobre a Imperatriz Valéria Messalina
Segundo Suetônio, a imperatriz Messalina desafiou Scylla para um “jogo” que consistia em um desafio. Messalina apostou com a famosa prostituta que poderia se relacionar com mais homens no período de 24 horas, do que Scylla.
Não sendo possível recusar um desafio da imperatriz, Scylla topou o desafio. Segundo a história, Messalina teria passado uma noite na cama com um grande número de homens em um bordel, enquanto Scylla estava envolvida em atividades semelhantes em outro local. O objetivo era contar quantos clientes cada uma conseguia atender em uma única noite.
Ao final do concurso, Messalina teria supostamente vencido, alegando ter superado Scylla em número e habilidade. No entanto, é crucial destacar que essas histórias, apesar de registradas por Suetônio, são frequentemente vistas com ceticismo pelos historiadores modernos, pois podem conter elementos de exagero ou ficção destinados a destacar o comportamento extravagante e supostamente escandaloso de Messalina.
É importante notar que as fontes históricas antigas muitas vezes misturavam fatos reais com elementos ficcionais ou dramáticos, e o objetivo de Suetônio ao relatar essas histórias pode ter sido mais sensacionalismo do que precisão histórica. Estas anedotas muitas vezes é questionada, e elas podem ser interpretadas como uma forma de difamação política contra Messalina, que acabou sendo envolvida em conspirações e, eventualmente, executada por ordem de Cláudio.
Rapaz eu não conhecia a história mas é uma história interessante e para acreditar numa parte e outras não né são histórias histórias modernas contemporâneas histórias antigas é a parte ficção a outra já é a realidade de tudo.