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Persépolis, a capital do império persa

Persépolis está localizada na região de Fars, no atual Irã. Foi a capital do Império Aquemênida-persa. A cidade foi idealizado por Ciro, o Grande, que governou entre 550 a.C. e 530 a.C. e, posteriormente, foi ampliada por Dario I e Xerxes I. A cidade foi construída durante o século VI a.C. e foi destruída em 330 a.C. por Alexandre, o Grande.

Fundação da cidade em 460 a.C

A fundação de Persépolis remonta ao século VI a.C., quando Ciro, o Grande, fundou o Império Aquemênida. Ciro conquistou uma série de territórios na região da Mesopotâmia e, em 550 a.C., tornou-se o governante da Pérsia, um grande império que se estendia da Ásia Central ao Mar Mediterrâneo.

Ciro, o Grande, queria construir uma nova capital para o seu império e escolheu um local a cerca de 60 quilômetros ao nordeste da cidade de Shiraz, na região de Fars, no Irã. Este local era considerado estratégico, pois estava localizado em um platô que permitia uma visão panorâmica da área circundante.

A construção de Persépolis começou em cerca de 518 a.C., durante o reinado de Dario, o Grande, e foi concluída durante o reinado de seu filho Xerxes I, por volta de 460 a.C. A cidade foi construída por milhares de trabalhadores, incluindo escravos, e foi considerada uma das maiores realizações da arquitetura antiga.

Persépolis foi projetada como um centro cerimonial e administrativo, com edifícios públicos, templos, palácios e praças. O Palácio de Xerxes, o mais impressionante de todos, apresentava uma série de colunas gigantes e relevos esculpidos nas paredes, retratando cenas históricas e mitológicas. Os outros palácios também eram magníficos, com salas de audiência, salões de banquetes e jardins exuberantes.

A cidade de Persépolis era governada por uma série de reis aquemênidas, que continuaram a expandir e embelezar a cidade.

A destruição de Persépolis em 330 a.C

A destruição de Persépolis é um evento histórico que ocorreu em 330 a.C., quando Alexandre, o Grande, conquistou a cidade durante sua campanha militar no Império Persa. A destruição de Persépolis foi uma das mais notáveis e trágicas consequências da invasão de Alexandre no império persa.

Os historiadores relatam que Alexandre deu ordens para que seus soldados incendiassem a cidade, alegadamente em um ato de vingança pela destruição da cidade grega de Atenas pelos persas no passado. A destruição de Persépolis durou vários dias, enquanto as chamas devoravam as estruturas de mármore e ouro que adornavam a cidade.

A destruição de Persépolis foi considerada uma tragédia pelos persas, que a viam como um símbolo de sua rica história e cultura.

No entanto, os historiadores debatem até que ponto a destruição de Persépolis foi intencional por parte de Alexandre. Alguns sugerem que ele pode ter se arrependido de suas ações depois e tentou preservar partes da cidade. Outros argumentam que a cidade foi destruída em uma guerra brutal e que a destruição era inevitável.

A importância cultural de Persépolis

Os arqueólogos descobriram uma série de objetos valiosos em Persépolis, incluindo moedas, selos reais e joias. A cidade também abrigou uma grande biblioteca, embora a maioria dos livros tenha sido destruída durante a conquista de Alexandre, o Grande.

Persépolis era uma cidade opulenta e grandiosa, cheia de palácios, templos e outros edifícios públicos, todos construídos com materiais nobres, como mármore e ouro. O saque de Persépolis tornou-se um dos mais lucrativos da história, uma vez que a cidade era uma das mais ricas e poderosas do mundo antigo.

Embora tenha sido destruída há mais de 2.000 anos, a cidade de Persépolis continua sendo um local de grande importância histórica e cultural. Em 1979, a UNESCO declarou a cidade como Patrimônio Mundial da Humanidade, reconhecendo sua importância como um dos mais importantes centros culturais do mundo antigo.

A reconstrução virtual de Persépolis

O Museu Nacional do Irã, localizado em Teerã, reconstruiu a antiga cidade de Persépolis, também conhecida como Pérside. Esta cidade foi a capital do Império Persa, fundada por volta de 518 a.C., e foi destruída por Alexandre, o Grande, em 330 a.C.

Com a destruição de Persépolis, muitas das esculturas e relevos foram danificados ou perdidos. A reconstrução da cidade no Museu Nacional do Irã foi uma forma de preservar e recriar a rica história e cultura persa.

A reconstrução foi realizada com base em fotografias e desenhos, assim como estudos arqueológicos realizados na área. A equipe do museu utilizou as técnicas e materiais tradicionais da época, como a pedra calcária, para recriar a cidade.

A reconstrução incluiu a Sala do Trono de Xerxes, que é um dos edifícios mais importantes de Persépolis. Este salão era utilizado para cerimônias importantes, como a coroação dos reis persas e a recepção de embaixadas estrangeiras. O Salão do Trono é decorado com esculturas e relevos que descrevem cenas da vida da corte persa, incluindo a entrega de tributos por governadores de províncias, o desfile de animais exóticos e a presença de guardas armados.

A reconstrução de Persépolis é um marco importante na preservação da história e cultura persa, bem como na promoção do turismo no Irã. O Museu Nacional do Irã é um dos museus mais importantes do mundo e abriga uma rica coleção de artefatos que remontam à pré-história até os tempos modernos.

A reconstrução de Persépolis é uma prova da importância da história e da cultura na preservação da identidade e da memória das nações. O Museu Nacional do Irã, através da reconstrução de Persépolis, demonstra a riqueza da história persa e convida os visitantes a conhecerem mais sobre a cultura e a arte persa.

Fernando Rocha

Fernando Rocha, formado em Direito pela PUC/RS e apaixonado por história, é o autor e criador deste site dedicado a explorar e compartilhar os fascinantes acontecimentos do passado. Ele se dedica a pesquisar e escrever sobre uma ampla gama de tópicos históricos, desde eventos políticos e culturais até figuras influentes que moldaram o curso da humanidade."

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