Ilse Koch – A Bruxa de Buchenwald

Ilse Koch nasceu em Dresden, Alemanha, em 22 de setembro de 1906. Ela cresceu em uma família de classe média e frequentou escolas locais antes de começar a trabalhar como secretária em uma fábrica têxtil. Ela também trabalhou em uma loja de departamentos antes de se juntar ao Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães (NSDAP), o partido nazista, em 1932.

Em 1934, Ilse Koch conheceu Karl Koch, um oficial da SS que estava trabalhando como inspetor de campos de concentração. Eles se casaram no mesmo ano e tiveram dois filhos. Em 1936, Karl Koch foi nomeado comandante do campo de concentração de Sachsenhausen, e a família se mudou para uma casa adjacente ao campo.

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Participação de Ilse Koch no Holocausto

Como esposa do comandante do campo e oficial de alto escalão em Buchenwald, Ilse Koch tinha autoridade sobre a vida e a morte dos prisioneiros. Ela usou esse poder de forma cruel e sádica, frequentemente ordenando que prisioneiros fossem executados e torturados. Ela também exigia que os prisioneiros trabalhassem longas horas em condições deploráveis.

Karl Koch, por sua vez, era um oficial da SS que se tornou o comandante do campo de concentração de Buchenwald em 1937. Ele foi responsável por supervisionar a construção do campo e, posteriormente, por administrá-lo. Karl Koch era conhecido por sua brutalidade e sadismo, e frequentemente ordenava a execução sumária de prisioneiros sem julgamento.

Juntos, Ilse Koch e Karl Koch comandaram o campo de concentração de Buchenwald durante um período em que mais de 50.000 pessoas foram mortas. Eles eram conhecidos por suas festas luxuosas e sádicas, nas quais torturavam e matavam prisioneiros para seu próprio prazer. Os Koch também eram conhecidos por serem extremamente corruptos e roubar dinheiro e objetos de valor dos prisioneiros do campo.

A brutalidade de Ilse Koch incluia espancamentos, humilhação e experimentos médicos em prisioneiros. Há relatos de que ela participou de execuções em massa e ordenou que prisioneiros fossem executados por motivos triviais, como não trabalhar rápido o suficiente.

Uma das formas mais chocantes de violência cometida por Ilse Koch, e uma das razões para sua péssima reputação, foi sua coleção de peles tatuadas. Ela selecionava prisioneiros com tatuagens interessantes e ordenava que fossem mortos para que suas peles pudessem ser removidas e usadas para fazer objetos de decoração, como abajures e lâmpadas. Alguns relatos também sugerem que Koch exibia as peles humanas em seu jardim como forma de provocação e terror aos prisioneiros.

Prisão da Bruxa de Buchenwald

Depois de ser condenada à prisão perpétua em 1947, Koch foi encarcerada em vários presídios alemães, incluindo a prisão de Aichach. Em 1951, ela foi submetida a outro julgamento por seu papel nos crimes cometidos em Buchenwald. Dessa vez, ela foi condenada à morte por enforcamento.

Koch tentou várias vezes apelar de sua sentença, alegando que era inocente. No entanto, todos os recursos foram negados, e sua execução estava programada para o dia 1º de setembro de 1952.

No entanto, Koch foi encontrada morta em sua cela na prisão de Aichach na manhã de 1º de setembro de 1952. Ela havia se enforcado com um lençol preso às barras da janela.

A morte de Ilse Koch gerou muita controvérsia e especulação. Alguns acreditam que ela foi assassinada por membros da SS que queriam impedi-la de revelar informações comprometedoras sobre o partido nazista. No entanto, a maioria dos historiadores concorda que Koch cometeu suicídio.

Na época de sua morte, Koch já havia se tornado um símbolo do mal nazista, e sua morte foi amplamente noticiada pela imprensa internacional. Alguns alemães comemoraram a notícia de sua morte, enquanto outros ficaram chocados com a brutalidade de seus crimes.

A Cadela de Buchenwald no cinema

Ilse Koch foi retratada em vários filmes e séries de TV que abordam o tema do regime nazista e dos campos de concentração durante a Segunda Guerra Mundial.

Um dos filmes em que Ilse Koch aparece é “O Julgamento de Nuremberg” (1961), dirigido por Stanley Kramer. Nesse filme, Ilse Koch é interpretada pela atriz alemã Marlene Dietrich em uma pequena participação.

Outra produção em que Ilse Koch é retratada é a minissérie “Holocausto” (1978), na qual a personagem é interpretada por Rosemary Harris. A minissérie retrata a história de uma família judia alemã e os horrores que enfrentaram durante o regime nazista.

Mais recentemente, a personagem de Ilse Koch foi retratada na série “Hunters” (2020), produzida pela Amazon Prime Video. Nessa série, Ilse Koch é interpretada pela atriz britânica Lena Olin. A série é uma ficção que aborda um grupo de caçadores de nazistas que buscam vingança pelos crimes cometidos durante a Segunda Guerra Mundial.