O Cerco Romano a Massada foi um episódio marcante da história antiga de Israel, ocorrido no século I d.C. em meio a Revolta Judaica iniciada em 66 d.C, ocasião onde os judeus se rebelaram contra a ocupação romana.
A história dessa batalha épica é um conto de resistência e coragem, que se tornou um símbolo de determinação para muitos ao longo dos séculos.
A Fortaleza inexpugnável
Localizada no topo de uma montanha íngreme no deserto da Judeia, na margem leste do Mar Morto, a fortaleza foi construída pelo rei Herodes, o Grande, no século I a.C. A estrutura foi ampliada e fortificada pelo governador romano Flávio Silva no século I d.C.
A estrutura da fortaleza de Massada é composta de três plataformas construídas em diferentes níveis da montanha. Cada plataforma tem paredes altas e torres de vigia para proteger a fortaleza contra invasores. A primeira plataforma é a mais baixa e foi usada principalmente para fins residenciais. As outras duas plataformas eram mais altas e foram usadas para fins militares e defensivos.
A primeira plataforma da fortaleza de Massada
A primeira plataforma é a menor das três e foi construída na base da montanha. A plataforma foi construída por Herodes, o Grande, e era originalmente usada como um palácio de verão e um lugar de retiro. A plataforma é cercada por paredes altas de pedra e tem várias estruturas residenciais, incluindo um palácio, um banheiro e uma piscina.
A segunda plataforma da fortaleza de Massada
A segunda plataforma é a maior das três e foi construída no meio da montanha. A plataforma é cercada por paredes altas de pedra e torres de vigia, e era usada principalmente para fins militares e defensivos. A plataforma tem várias estruturas importantes, incluindo um armazém, um arsenal, uma cisterna, um quartel e uma sinagoga.
O arsenal era usado para armazenar armas e munições, enquanto a cisterna era usada para coletar e armazenar água. A sinagoga foi construída pelos judeus que ocuparam a fortaleza durante o Cerco Romano a Massada e é uma das mais bem preservadas sinagogas do mundo antigo.
A terceira plataforma da fortaleza de Massada
A terceira plataforma é a mais alta das três e foi construída no topo da montanha. A plataforma é cercada por paredes altas de pedra e torres de vigia e era usada principalmente como um posto de observação e defesa. A plataforma tem várias estruturas importantes, incluindo um palácio, um santuário, uma cisterna e um mirante.
O palácio foi construído por Flávio Silva e era usado como residência para o governador romano e sua equipe. O santuário era usado para adoração e é considerado um dos locais mais sagrados da fortaleza. A cisterna era usada para coletar e armazenar água, enquanto o mirante era usado para observar a paisagem circundante e detectar qualquer ameaça iminente.
Leia mais sobre o Império Romano
Contexto do cerco de Massada
A invasão de Massada pelos romanos foi parte de um conflito maior entre o Império Romano e a Judeia. Durante a época de Cristo, a Judeia era uma província romana ocupada, governada por um governador romano nomeado pelo Império.
Os judeus, que eram o grupo étnico majoritário na Judeia, frequentemente se revoltavam contra a ocupação romana. A Revolta Judaica começou em 66 d.C., quando os judeus se rebelaram contra os romanos em toda a Judeia. Os romanos enviaram legiões para esmagar a revolta e recuperar o controle da província.
A fortaleza de Massada era um reduto dos judeus rebeldes que se recusaram a se render às forças romanas. A fortaleza foi uma das últimas fortalezas judaicas a cair durante a Revolta Judaica, e sua queda marcou o fim da rebelião.
A fortaleza era considerada um símbolo da resistência judaica contra o Império Romano, e sua queda teria enviado uma mensagem clara aos judeus rebeldes em toda a Judeia.
O Cerco e a resistência de Massada
Uma das principais estratégias romanas em Massada foi cercar e bloquear a fortaleza, cortando as rotas de suprimento dos rebeldes e isolando-os do mundo exterior. Os romanos estabeleceram um acampamento permanente na base da montanha e estabeleceram um sistema de vigilância constante para impedir que qualquer pessoa saísse ou entrasse na fortaleza. A construção de uma muralha ao redor da fortaleza também ajudou a impedir que os rebeldes escapassem. A falta de suprimentos e a impossibilidade de escapar foram cruciais para minar a resistência dos rebeldes.
Os judeus que se refugiaram em Massada eram liderados por um dos principais líderes dos Zelotes, um homem chamado Eleazar Ben Ya’ir. Ben Ya’ir era um estrategista experiente e corajoso que decidiu resistir aos romanos em Massada em vez de se render. A fortaleza de Massada era uma posição defensável, situada no topo de uma montanha íngreme e cercada por um penhasco escarpado de todos os lados, exceto um. Ben Ya’ir sabia que a posição era quase impenetrável e que seus homens poderiam se defender por um longo tempo.
A resistência dos judeus em Massada durou quase três anos. Durante esse tempo, os romanos tentaram várias vezes capturar a fortaleza, mas foram repelidos pelos defensores judeus. A resistência dos judeus foi alimentada por sua fé e sua determinação em lutar pela liberdade. Eles se recusaram a se render aos romanos e preferiram morrer a serem escravizados.
A captura de Massada
Ao perceber que a fortaleza de Massada era praticamente inviolável e que o cerco não estava surgindo efeito, fez com que os romanos tivessem uma ideia bastante revolucionária. Optaram pela construção de uma enorme rampa.
A rampa construída pelos romanos em Massada é uma das mais impressionantes obras de engenharia militar da história. A construção da rampa foi uma das principais estratégias utilizadas pelos romanos para invadir a fortaleza, que estava localizada no topo de uma montanha íngreme.
A construção da rampa começou em 73 d.C. e durou várias semanas. Os trabalhadores romanos tiveram que enfrentar muitos obstáculos durante a construção da rampa. A montanha era íngreme e os materiais de construção tinham que ser transportados a pé. Além disso, os judeus em Massada tentaram sabotar os esforços romanos, lançando pedras e flechas nos trabalhadores e ateando fogo aos materiais de construção.
Os romanos também enfrentaram problemas com a estabilidade da rampa. A rampa precisava ser forte o suficiente para suportar o peso dos soldados e das máquinas de guerra que seriam utilizadas para invadir a fortaleza. Além disso, a rampa precisava ser inclinada o suficiente para permitir que os soldados subissem, mas não tão inclinada a ponto de desmoronar.
A solução encontrada pelos romanos foi construir a rampa em camadas, cada uma com uma inclinação ligeiramente diferente. Isso permitiu que a rampa fosse forte o suficiente para suportar o peso dos soldados e das máquinas de guerra e, ao mesmo tempo, permitiu que eles subissem até o topo da montanha com facilidade.
Apesar dos muitos obstáculos que enfrentaram, os romanos conseguiram construir a rampa até o topo da montanha. A rampa tinha mais de 100 metros de comprimento e permitiu que os soldados romanos invadissem a fortaleza.
A construção da rampa foi uma das principais estratégias utilizadas pelos romanos para invadir Massada. Sem a rampa, teria sido quase impossível para os romanos invadirem a fortaleza. A rampa foi uma prova da habilidade e da engenhosidade dos romanos em lidar com os desafios apresentados pela guerra.
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Ilustração da rampa romana em Massada |
O suícidio dos judeus que resistiam ao cerco
Quando a rampa ficou pronta, os romanos lançaram um ataque final contra a fortaleza. Os judeus em Massada sabiam que não podiam resistir ao ataque e decidiram cometer suicídio em massa em vez de serem capturados pelos romanos. De acordo com o historiador judeu Flávio Josefo, que escreveu sobre a resistência em Massada, os judeus escolheram dez homens para matar todos os outros e depois se matar. Ao todo, 960 homens, mulheres e crianças morreram em Massada.
A resistência dos judeus em Massada é um símbolo da coragem e da determinação humana, eles escolheram lutar em vez de se render, mesmo sabendo que a luta seria difícil e que as chances de vitória eram pequenas. Eles acreditavam que a luta pela liberdade era mais importante do que suas próprias vidas.